O volante colombiano Gustavo Cuéllar, contratado pelo Grêmio em janeiro de 2024, atravessa um momento desafiador em sua passagem pelo clube gaúcho. Com dificuldades físicas e um desempenho aquém do esperado, o jogador tem gerado preocupação, levando a comissão técnica e a diretoria a reavaliarem sua situação no elenco tricolor.
Recentemente, o técnico gremista abordou abertamente a fase do atleta, pedindo paciência à torcida e explicando os desafios inerentes à readaptação de Cuéllar ao ritmo do futebol brasileiro, após um período extenso atuando em uma liga com menor intensidade física.
Diante do cenário atual, o Grêmio já definiu que o experiente meio-campista será colocado na lista de jogadores negociáveis para a próxima janela de transferências, buscando uma solução que seja benéfica para ambas as partes. Apesar de ter contrato válido até dezembro de 2026, a diretoria está aberta a avaliar propostas.
Desde sua chegada, Cuéllar participou de 13 partidas, somando 715 minutos em campo. Mesmo tendo sido titular em cinco dos sete jogos pelo Campeonato Gaúcho, seu desempenho foi marcado por irregularidades, o que contribuiu para a decisão de sua possível saída do clube.
A chegada de Gustavo Cuéllar ao Grêmio no início de 2024, carregada de expectativas pela torcida gremista e pela própria diretoria, não tem se desenrolado como o esperado. O volante colombiano, que brilhou em solo brasileiro anteriormente, enfrenta um período de readaptação complexo, marcado por desafios físicos e uma performance que ainda não atingiu o nível desejado, gerando discussões internas e externas sobre seu futuro no Tricolor Gaúcho. A paciência da torcida e a compreensão da comissão técnica são testadas diante de um atleta que busca reencontrar sua melhor forma em um cenário de alta competitividade.
Os Desafios da Readaptação: Ritmo e Expectativas no Futebol Brasileiro
Um dos pontos centrais da atual situação de Gustavo Cuéllar no Grêmio reside na sua readaptação ao exigente futebol brasileiro. O técnico gremista, em declarações recentes, foi enfático ao abordar a questão, destacando uma expectativa, por vezes irreal, que recai sobre jogadores que retornam ao país após longas passagens por ligas menos intensas. Cuéllar, vindo do futebol saudita, sentiu o impacto da transição, onde o ritmo de jogo, a intensidade física e a frequência de partidas são significativamente diferentes do cenário encontrado na Arábia Saudita.
O treinador explicou que há uma tendência em imaginar que o jogador que saiu em alta voltará com o mesmo nível e dinâmica, mas a realidade mostra um atleta que passou por uma evolução diferente, adaptado a um estilo de jogo distinto. “A gente enxerga o jogador que saiu e imagina que ele vai voltar igual. Só que ele volta outro, depois de anos em uma liga menos exigente fisicamente. Cuéllar ficou muito tempo fora, fez menos jogos por temporada, e isso afeta a adaptação”, pontuou o comandante. Essa diferença de ritmo e a menor exigência física em sua liga anterior impactaram diretamente seu condicionamento e sua capacidade de entrega em alto nível no competitivo cenário do Campeonato Gaúcho e, futuramente, do Campeonato Brasileiro. A falta de um período ideal de adaptação e uma “pré-temporada” focada em sua reintegração física e tática também foram fatores cruciais que dificultaram sua evolução inicial.
Análise da Comissão Técnica: Pedido de Paciência e o Cenário Atual
Apesar das dificuldades, a comissão técnica do Grêmio demonstra compreensão e pede paciência à torcida. O técnico salientou que Cuéllar foi “lançado diretamente em uma competição”, o que inevitavelmente comprometeu seu processo de adaptação gradual. Essa abordagem, muitas vezes necessária em calendários apertados do futebol brasileiro, expôs o jogador a um nível de exigência para o qual ele ainda não estava totalmente preparado, prejudicando seu desempenho e gerando uma percepção negativa sobre sua contratação. O comandante gremista reiterou que a versão de Cuéllar vista hoje não é a mesma de 2019, período em que o volante vivia o auge de sua carreira no futebol brasileiro. Esse comparativo, embora natural, ignora os anos de evolução e as diferentes realidades de jogo que o atleta vivenciou no exterior. A busca por essa “versão antiga” sem o tempo de preparação adequado torna-se um fardo pesado para qualquer profissional, exigindo do atleta uma superação ainda maior para atingir o ritmo e a forma que o credenciaram no passado.
Mercado da Bola: Cuéllar na Lista de Negociáveis do Grêmio
A fase de Gustavo Cuéllar no Grêmio e as análises da comissão técnica culminaram em uma decisão estratégica da diretoria: o volante foi colocado na lista de jogadores negociáveis para a próxima janela de transferências. Esta movimentação indica que o clube está aberto a propostas e busca uma solução para a situação do atleta, visando um reajuste no elenco e na folha salarial. Um fator relevante para essa mudança de status foi a chegada do técnico Mano Menezes, que, ao assumir o comando do Tricolor, implementou suas próprias ideias e preferências táticas, o que naturalmente pode ter alterado a hierarquia do meio-campo e o espaço de Cuéllar no time titular. A busca por um encaixe ideal no esquema tático e a necessidade de atletas que correspondam imediatamente às demandas do futebol brasileiro impulsionaram essa decisão. Apesar de ter um contrato longo, válido até dezembro de 2026, a movimentação no mercado da bola por parte do Grêmio demonstra o interesse em otimizar o plantel, seja através de um empréstimo ou de uma venda que possa aliviar a folha e liberar recursos para outras contratações.
Estatísticas e Performance: O Caminho de Cuéllar no Tricolor
Desde sua chegada em janeiro de 2024, Gustavo Cuéllar acumulou 13 partidas com a camisa do Grêmio, totalizando 715 minutos em campo. No Campeonato Gaúcho, onde o time teve uma participação significativa, o volante foi titular em cinco dos sete jogos, evidenciando que teve oportunidades para mostrar seu futebol. No entanto, o desempenho nessas partidas foi descrito como irregular, sem a constância e a imposição que marcaram sua passagem anterior pelo futebol brasileiro. A expectativa sobre o volante era alta, dada sua reputação de marcador incansável e sua capacidade de ditar o ritmo no meio-campo. Contudo, os números e a percepção em campo indicam que o jogador ainda não conseguiu atingir o nível esperado para ser uma peça fundamental no esquema gremista. A lista de seus dados no Grêmio, até o momento, reflete essa fase de transição e adaptação: 13 jogos disputados, 715 minutos em campo, contrato até dezembro de 2026, com o status atual de “jogador negociável”, o que abre um leque de possibilidades para o futuro do colombiano no futebol nacional ou internacional.
O Futuro de Cuéllar e as Perspectivas do Meio-Campo Gremista
A possível saída de Gustavo Cuéllar na próxima janela de transferências levanta questões importantes sobre o futuro do meio-campo do Grêmio. O clube, que busca se reforçar para a sequência da temporada, precisará reavaliar suas opções e o perfil de jogadores que deseja para o setor. A situação de Cuéllar serve como um alerta para a complexidade das contratações de atletas que retornam de ligas menos competitivas, ressaltando a importância de uma análise aprofundada não apenas técnica, mas também física e de adaptação. A diretoria gremista, ao colocar o jogador no mercado, sinaliza uma busca por equilíbrio e por peças que se encaixem perfeitamente nas demandas táticas e físicas do elenco atual. A saída do volante, caso se concretize, abrirá espaço para novas movimentações no mercado da bola, permitindo que o Grêmio busque reforços que possam agregar valor imediato e contribuir para os objetivos ambiciosos do clube nas competições que se avizinham. A busca por um meio-campo coeso, dinâmico e capaz de competir em alto nível segue como prioridade para o Grêmio, que monitora o mercado em busca das melhores oportunidades.

Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores