– O São Paulo não tem a totalidade dos direitos econômicos de nenhum dos atletas que ascenderam das categorias de base para o time profissional.
– Isso se dá por dois motivos: a aquisição de jogadores ainda na base, mantendo percentual dos direitos para o clube anterior, e negociações com os próprios atletas.
– Os clubes menores vivem disso, uma fonte de renda significativa.
O São Paulo é um clube que valoriza a formação de jovens talentos e investe pesadamente nas categorias de base. No entanto, ao contrário do que muitos pensam, o Tricolor não tem a totalidade dos direitos econômicos de nenhum dos atletas que ascenderam das categorias de base para o time profissional. Essa é uma prática consolidada no mercado, uma fonte de renda de clubes menores.
Como funciona a negociação de direitos econômicos entre clubes
Quando o São Paulo adquire um jogador ainda na base, é comum que o clube anterior mantenha um percentual dos direitos econômicos. Isso se faz com o objetivo de lucrar mais em uma futura venda, com a ajuda da vitrine proporcionada pelo São Paulo. O caso de Lucas Ferreira é um exemplo disso. Ele foi contratado junto ao Boavista, do Rio de Janeiro, e seu clube anterior ficou com 40% dos direitos econômicos.
Negociações com os próprios atletas
Outra razão pela qual o São Paulo não tem a totalidade dos direitos econômicos de seus jovens é a própria negociação com os atletas. Quando o clube oferece uma extensão ou renovação contratual, é normal que uma das exigências seja disponibilizar um percentual de seus direitos para os próprios jogadores e seus agentes. Isso acontece, principalmente, quando eles completam a maioridade e um novo contrato pode ser negociado.
O impacto na formação de jovens talentos
Essa prática pode ter um impacto significativo na formação de jovens talentos. Quando o clube não tem a totalidade dos direitos econômicos, pode ser mais difícil para ele manter o jogador em seu elenco. Isso pode levar a uma perda de jovens talentos para outros clubes que ofereçam melhores condições financeiras.
O papel da Fifa na regulação da negociação de direitos econômicos
A Fifa permite que um atleta assine um contrato profissional a partir dos 16 anos, e os menores de idade podem ter um vínculo com extensão máxima de três anos. Essa regulação visa proteger os jovens jogadores e garantir que eles sejam tratados justamente.
O exemplo de Matheus Alves
O caso de Matheus Alves é um exemplo disso. Ele foi contratado pelo São Paulo com 10% dos direitos econômicos e, quando renovou seu contrato em janeiro, ele queria mais 25% e ficou com 5%. Isso é um exemplo da negociação que pode ocorrer entre o clube e o jogador.
Conclusão
Em resumo, o São Paulo não tem a totalidade dos direitos econômicos de nenhum dos atletas que ascenderam das categorias de base para o time profissional. Isso se dá por dois motivos: a aquisição de jogadores ainda na base, mantendo percentual dos direitos para o clube anterior, e negociações com os próprios atletas. Essa prática é consolidada no mercado e pode ter um impacto significativo na formação de jovens talentos.

Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores